DISLEXIA - LEITURA E ESCRITA



DISLEXIA- ESCRITA E LEITURA

LEITURA:

- O disléxico tem uma deficiência na decodificação dos símbolos escritos, o que os impossibilita de compreender o significado de um texto.

- Quando lê, a sua tensão está voltada para o código, em consequência, esquece do sentido do que acabou de ler.

- A velocidade normal de leitura de uma palavra é de 200 a 300 milisegundos. O disléxico leva em 600 milisegundos.

- A maioria dos disléxicos tem também disgrafia, que é a letra muito ruim.

- Possuem também dispraxia ( pouca eficiência motora), em consequência não conseguem organizar-se no espaço da folha do caderno. As letras geralmente variam de tamanho e parecem “pular” das linhas.

- Lê sem respeitar a pontuação e “gruda” palavras pois devida ao seu problema de sequenciação, não identifica o final delas.

- Pouco domínio do sistema ortográfico, pois possui a dificuldade de identificar, descriminar, escolher a representação gráfica.


ESCRITA:

- Pouco domínio do sistema ortográfico, pois possui a dificuldade de identificar, descriminar, e escolher a representação gráfica.

- O disléxico não consegue transformar seus pensamento em palavra escrita.
Elaborar um texto é extremamente laborioso, com muita dificuldade em construir sequências e parágrafos num sentido lógico-gramatical. Em consequência o texto sai extremamente pobre, discrepante com o conteúdo da sua imaginação, que geralmente é muito criativa.

- Como sua leitura é muito lenta, demora muito tempo para elaborar cópias.

- Devido ao seu problema com sequenciação, não consegue usar dicionários, tem muita dificuldade, pois a informação inverte na hora em que é trazida.

- Não consegue decorar regras gramaticais, graças ao problemas com memória imediata e consequentemente, de trabalho.

-Muitos disléxicos possuem disnomia, que é a incapacidade de achar a palavra certa para o objeto certo. Então falam “a coisa”, o “negócio”, o “carinha”.

- Dificuldade na expressão oral, principalmente se for uma resposta rápida. A linguagem oral também depende da habilidade fonológica, pois para isso é necessário que se vá até o “dicionário interno”, selecione os fonemas apropriados, ponha-os em sequência lógica e o expresse a palavra.


COMO AJUDAR:

Alinhavar a matéria a ser aprendida no início de cada bimestre.

Anotar na agenda o que vai ser exigido dele duranta a semana, para que possa se programar.

Permitir fazer redações gravadas ou ditadas á alguém.

Permitir a redação em duplas : um pensa o outro escreve e depois inverter.

Permitir o desenho colorido de uma redação, do seu começo, meio e fim e depois representar esses desenhos em palavas.

Permitir o uso de cópias de caderno de colegas, da matéria dada.

Permitir o uso de gravador para determinados momentos da aula.

Permitir alternativas á leitura de livros, como filmes, peças teatrais, livros-áudio.

Permitir que a “prova” do livro seja um desenho, uma colagem, ou qualquer outro meio alternativo de expressão.

Permitir o uso de computador para elaborar textos.

Ultilize material visual, como fichas coloridas.

Permitir provas com consulta se o assunto for regras gramaticais.

Diminuir a carga de lições de casa.

Permitir fazer avaliações com tempo extra, sozinho e com tutor para explicar o que cada questão está pedindo.

As avaliações devem conter poucas questões, com enunciados claros e simples.

Evitar situações constrangedoras, como por exemplo, pedir para ler em voz alta.


EM GERAL APRESENTA:

Dificuldade em seguir muitas ordens ao mesmo tempo. Por exemplo; “Abra o livro de história na página 39, faça agora os exercícios 1, 2 e 3 no caderno , e os exercícios 4 e 5 faça em casa numa folha de monobloco para ser entregue até 4ª feira.”

Problemas com coordenação motora fina: pintar, desenhar, amarrar, costurar.

Problemas com a coordenação motora grossa: falta de habilidade nos esportes, a criança é estabanada, derruba coisas da carteira.

O disléxico tem muita dificuldade para aprender uma segunda língua, uma vez que a relação fonema / grafema segue um padrão diferente. Porém é capaz de aprender “de ouvido”.

Baixa resistência á frustração, devido aos repetidos fracassos.

Resistência á atividades que exijam leitura e escrita.

Resistência á atividade em grupo, não querem se expôr.

Geralmente escrevem pouquíssimo, ou respondem somente “SIM” ou “NÃO”, ás questões escritas, devido a seu medo de errar..

Sentimento fortíssimo de menos valia.

Podem se transformar no “fantasma” da classe , no “palhaço” ou no “contraventor”.


SUGESTÕES PEDAGÓGICAS:

- Nomear tutores, colegas de classe que tenham dom de ajudar.

- Dar dicas e atalhos, jeitos de fazer associações que ajudem a lembrar-se dos pontos da matéria.

-Recorrer a diferentes tecnologias, ex: CDRom, disquetes com a matéria gravada.

-Realizar vários tipos de trabalhos práticos valendo para nota, apresentados em diferentes expressões e linguagens, envolvendo estudo, pesquisa, criatividade e experiências diversas.

- No aprendizado da segunda língua, realizar , em alternativa á avaliação, pesquisas sobre a cultura inglesa, americana, hispânica, alemã ou francesa, dependendo da língua ensinada.

-Permitir a prova de um determinado ponto da matéria, ser um desenho..A criança pode desenhar uma cidade medieval, por exemplo.

-Permitir o uso de gravadores e máqina fotográfica nas aulas, nos momentos apontados pelo professor.

-Solidariedade, ênfase nos pequenos sucessos, muito elogio. Estar ciente que o disléxico se cansa muito nas tarefar escritas principalmente.

-Evitar expo-lo em peças, jogral, ou qualquer atividade que envolva memória de textos.

-Evite rotula-los.

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