Dinâmicas: Pedagógicas, entrevistas, descontração, grupo e inteligências múltiplas

" AUTÓGRAFOS"

O Autógrafo pode ser aplicado com crianças, adultos ou adolescentes, sem que se altere o conteúdo moral implícito em sua mensagem.É evidente que esse conteúdo não deve ser explicado pelo monitor e sim ser produto de ampla e muitas vezes longa discussão, após a aplicação da técnica. Seu fundamento moral vale-se do choque que provoca ao se verem seus integrantes plenamente mergulhados em uma competição egocêntrica que se opõe a um sentimento de solidariedade. Ao terminar a aplicação da técnica, os participantes percebem que intuitivamente entraram em choque competitivo, rejeitando um sentimento de solidariedade que afinal, é a mensagem mais forte de todo propósito de sensibilização.

"BRAINSTORMINGO"

Brainstorming ou tempestade cerebral, mais que uma técnica de dinâmica de grupo é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa do indivíduo, colocando-a a serviço de seus objetivos.De autoria de Alex Osborn foi e é por este e por seus seguidores muito utilizada nos Estados Unidos, principalmente em atividade de treinamento do pessoal, em áreas de relações humanas e publicidade e propaganda.Diversas vezes tentamos sua aplicação em Seminários para liderança, em treinamentos de professores ou mesmo em salas de aula e os resultados mostraram-se aparentemente positivos, ainda que a técnica não deva ser produzida sistematicamente. O Brainstorming não visa a fixação de um conteúdo desenvolvido ou que conste de um texto qualquer.O princípio no qual se apóia o Brainstorming é o de solicitar aos participantes que aparentemente idéias, as mais diversas e até mesmo descabidas, sobre um assunto qualquer colocado pelo monitor. Sua participação, durante a apresentação dessa idéias, será a de registrá-las, independente de qualquer juízo crítico sobre sua validade, e estimular a rápida sucessão de outras mais. Um exemplo proposto pelo próprio Osborn é aproveitar-se uma reunião de executivos, por exemplo, na área de publicidade e apresentar-lhes desafios aparentemente ilógicos como:- Qual a utilidade prática de uma lâmpada queimada?- Que outros empregos poderemos dar a um clipes?- Como nos valer da palavras (chuva) e da palavra (matagal) para promover a venda de óleos de bronzear?Colocando um desses problemas, cabe ao monitor, mais ou menos com um leilão, incentivar os participantes a apresentarem, em poucas palavras, as sua idéias e, eventualmente, associa-las a outras até que praticamente se esgote o manancial. Com inúmeras idéias expostas a registradas, deve então o monitor, com auxílio do grupo ir eliminando umas, aprimorando outras e assim chegar a um resultado prático.


"JOGO DAS MÃOS"

Embora o Jogo das Mãos seja uma brincadeira inocente, um desafio inconseqüente, pode ser trabalhado como técnica de sensibilização na medida em que abre perspectivas muito amplas de diálogo para o grupo. Afinal sal chave é apoiada no fundamento oriental de que se dar às mãos implica numa arte que exige vontade determinação e assim o ato de segurar a mão, é puramente físico, enquanto que a idéia da doação envolve sentimentos de companheirismo mais profundo. Por essa razão é que o grupo, após algumas dificuldades iniciais, perceberá que chegará à solução de adotar uma estratégia. Assim não será difícil ao monitor mostrar que a solidariedade entre as pessoas de um grupo envolve também estratégias e somente os que estão dispostos e procurá-los poderão efetivamente solidificar seus sentimentos de companheirismo. É aplicável em qualquer faixa etária, dura menos de vinte minutos desde que se exclua um indeterminável tempo para discutí-lo e podem ser feito grupos numerosos. Desde que divididos em subgrupos de seis participantes."



"RÓTULOS"

Faixa etária: acima de 10 anos
Objetivo: Estimular e desenvolver a empatia e a aproximação interpessoal.
Participantes: 05 a 07
Preparação:
O educador deve confeccionar um conjunto de etiquetas gomadas para cada grupo. Essas etiquetas devem conter, com letras bem visíveis, as palavras: SOU SURDO(A) - GRITE / SOU PODEROSO(A) - RESPEITE / SOU ENGRAÇADO(A) - RIA / SOU SÁBIO(A) - ADMIRE / SOU PREPOTENTE - TENHA MEDO / SOU ANTIPÁTICO(A) - EVITE / SOU TÍMIDO(A) - AJUDE.

Desenvolvimento:

Formar grupos de 05 a 07 alunos e sugerir que, durante 04 (quatro) ou 05 (cinco) minutos, discutam um tema polêmico qualquer, proposto pelo educador.
Avise que, entretanto, na testa de cada um dos integrantes do grupo será colada uma etiqueta (rótulo) e que o conteúdo da mesma deve ser levado em conta nas discussões, sem que seu possuidor, entretanto, saiba o significado.
Com os rótulos nas testas, o grupo inicia a discussão que torna-se naturalmente inviável.
Ao final do tempo, solicitar que os alunos exponham suas conclusões que é, entretanto, impossível.
Após essa tentativa, os alunos devem retirar a etiqueta e debater as dificuldades que os muitos rótulos que recebemos impõem as relações mais profundas.
A estratégia permite aprofundar os problemas de comunicação e relacionamento impostos pelos estereótipos e pelos preconceitos.

Dica:
Antes que cada aluno retire sua etiqueta da testa, o educador pode perguntar a ele se sabe qual o rótulo que carrega.



ANTUNES, C., Manual de Técnicas - de dinâmicas de grupo, de sensibilização e de ludopedagogia. 13ª edição, Petrópolis, Vozes 1998.

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