TÉCNICAS DE DINÂMICAS EM GRUPO 2

03 – DRAMATIZAÇÃO

1. Caracterização da técnica Consiste na encenação de um problema ou situação no campo das relações humanas, por duas ou mais pessoas, numa situação hipotética em que os papéis são vividos tal como na realidade. A síntese desses papéis é um dos aspectos mais importantes do método. Os que vão encenar devem compreender o tipo de pessoa que dever interpretar durante a dramatização. O resumo do papel deve conter apenas a condição emocional e as atitudes a serem adotadas, sem detalhes sobre aquilo que deverá ocorrer durante a apresentação. Essa técnica permite a informalidade e assegura a participação psicológica do indivíduo e do grupo; elimina as inibições e facilita a comunicação.

2. A técnica é útil para:
Desenvolver a capacidade de relacionamento com outras pessoas através da compreensão da natureza do comportamento humano. Fornecer dados de relações humanas que podem ser utilizados para análise e discussão. Facilitar a comunicação, "mostrando" e não "falando". Oportunidade para que os indivíduos "representem" seus problemas pessoais. Os que na vida real não puderam reconhecê-los, compreende-los, quando viverem em cena, irão reconhecer sua falta de habilidade para lidar com os outros, podendo aprender a enfrentar o seu problema ao vê-lo retratado no grupo. Criar no grupo uma atmosfera de experimentação e de possível criatividade. Despersonalizar o problema dentro do grupo. Quando apresentado em cena, abstraídas as personalidades dos executantes reais, há maior liberdade de discussão.

3. Use a técnica quando:
Os padrões e o controle social do grupo são de molde a garantir um nível de comentário e discussão que não afetam psicologicamente os membros.
O indivíduo reconhece a necessidade de aprofundar-se nos seus verdadeiros motivos, impulsos básicos, bloqueios e ajustamentos, a fim de aumentar sua eficiência como membro do grupo.
Os "atores" sentem-se relativamente seguros a ponto de quererem "expor-se" ao grupo, ou seja, expor seus sentimentos, suas atitudes, suas frustrações, sua capacidade e suas aptidões. Sentir-se como coordenador ou instrutor, bastante seguro dos objetivos que pretende atingir ao usar a técnica.
O alvo for mudar as atitudes de um grupo. Se deseja preparar um ambiente ideal para resolver problemas.

4. Como usar a técnica
Apresentar ou definir o problema que será dramatizado. Fixar a simulação ou os aspectos específicos de relacionamento humano a serem enfatizados na dramatização. Definir ou apresentar quais os papéis necessários à encenação.
Escolher os atores, os quais planejarão as linhas gerais de seu desempenho, ou seja, a condição emocional e as atitudes a serem adotadas, sem especificar o que deverá ser feito na encenação. Os próprios "atores" poderão armar o "palco" que dispensará excessivo mobiliário e roupagem, dando ênfase à descrição verbal da situação.
Os "ensaios" terão caráter de reuniões preparatórias onde as características dos papéis serão examinadas, sem preocupação quanto à "perfeição da representação" dos atores.
Determinar ou definir o papel de grupo a ser desempenhado durante e após a dramatização, o que conclui a escolha do tipo de debates que se seguirá, bem como a determinação dos aspectos que deverão ser avaliados.
Realizar a dramatização em tempo suficiente para permitir a apresentação dos dados, evitando-se a demora excessiva.
Se o instrutor achar conveniente, poderá consultar o grupo quanto ao seu interesse em repetir a dramatização com a inclusão de idéias e sugestões que forneçam novo material para aprofundamento de debate.
Poderão, também, ser usados outros artifícios, como por exemplo, a substituição dos papéis (troca) para verificação de sentimentos e atitudes, possibilitando a um personagem "colocar-se na pele do outro". É um jogo de reversibilidade, a favor e contra, ou tarefa invertida.

04 - ENTREVISTA

1. Caracterização da técnica Consiste numa rápida série de perguntas feitas por um entrevistador, que representa o grupo, a um especialista em determinado assunto. Este, geralmente, não pertence ao grupo, ao contrário do entrevistador que é membro dele. É menos formal que a preleção e mais formal que o diálogo.

2. A técnica é útil para:
Obter informações, fatos ou opiniões sobre algum assuntos de importância para o grupo. Estimular o interesse do grupo por um tema. Conseguir maior rendimento de um especialista que seja versátil ao falar sozinho perante um grupo.

3. Use a técnica quando:
O grupo é numeroso, o que tornaria ineficiente o interrogatório indiscriminado dos membros do grupo ao entrevistador. Outras técnicas forem desaconselhadas. Um dos membros do grupo (entrevistador) possuir boa capacidade de relações humanas ou de comunicação e segurança para poder obter as informações desejadas do especialista. A técnica poderá ser utilizada com um elemento novo no grupo.

4. Como usar a técnica
Convidar um especialista no assunto.
Indicar um entrevistador, que organizará com o especialista um questionário e fixará a duração e a maneira de conduzir a entrevista.
O entrevistador poderá obter do grupo os temas principais a serem enfocados e deverá atuar como intermediário entre o grupo e o especialista.
A entrevista deverá ser mantida em tom de conversa e as perguntas devem ser formuladas de forma a evitar respostas do tipo "sim" ou "não". Manter as perguntas ao nível de entendimento geral do grupo.
O entrevistador, por sua vez, evitará a terminologia técnica que não esteja ao alcance do grupo.

05 - GRUPO DE COCHICHO, ZUM-ZUM

1. Caracterização da técnica Consiste na divisão do grupo em subgrupos de dois membros que dialogam, em voz baixa, para discutir um tema ou responder uma pergunta, sem requerer movimento de pessoas. Após, é feita a apresentação dos resultados do grupão. É um método extremamente informal que garante a participação quase total, sendo de fácil organização.

2. A técnica é útil para:
Comentar, apreciar e avaliar, rapidamente, um tema exposto. Sondar a reação do grupo, saber o que ele quer. A consideração de muitos aspectos distintos do assunto.

3. Use a técnica quando:
O número de participantes for, no máximo, 50 pessoas. Desejar obter maior integração do grupo. Quiser criar o máximo de oportunidades para a participação individual. For necessário "quebrar o gelo" dos participantes.

4. Como usar a técnica Dividir o grupão em subgrupos de dois membros, dispostos um junto do outro (lado ou frente). Explicar que os grupos de cochicho dispõem de tantos minutos para discutir o assunto, após o que um dos membros exporá o resultado ao grupão, na ordem que for convencionada. Apresentar a questão e conduzir as exposições, que serão feitas, após o cochicho, de forma objetiva e concisa.

06 – GV (verbalização) ou GO (observação)

1. Caracterização da técnica Consiste na divisão do grupo em dois subgrupos (GV = grupo de verbalização; GO = grupo de observação). O primeiro grupo é o que irá discutir o tema na primeira fase, e o segundo observa e se prepara para substitui-lo.. Na segunda fase, o primeiro grupo observa e o segundo discute. É uma técnica bastante fácil e informal.

2. A técnica é útil para:
Análise de conteúdo de um assunto - problema. introdução de um novo conteúdo. Conclusão de estudo de um tema. Discussão de problema e exame de solução. Estimular a participação geral do grupo. Estimular a capacidade de observação e julgamento de todos os participantes. Para isso cada participante do GO deve cumprir um papel na observação, buscando encontrar aspectos positivos e negativos na objetividade e operatividade do GV. Levar o grupo a um consenso geral. Desenvolver habilidades de liderança.

3. Use a técnica quando:
O número de participantes for relativamente pequeno. Já houver um bom nível de relacionamento e de comunicação entre os membros do grupo. For necessário criar uma atmosfera de discussão. For conveniente diluir o formalismo do grupo. Desejarmos estimular a discussão e o raciocínio.

4. Como usar a técnica
O coordenador propõe o problema e explica o qual o objetivo que pretende com o grupo. Explica como se processará a discussão e fixa o tempo disponível O grupo é dividido em dois. Um grupo formará um círculo interno (GV) e o outro um círculo externo (GO).
Apenas o GV debate o tema. O GO observa e anota. Após o tempo determinado, o coordenador manda fazer a inversão, passando o grupo interno para o exterior e o exterior para o interior. Após as discussões, o coordenador poderá apresentar uma síntese do assunto debatido. Poderá ser, inicialmente, marcado um "sintetizador".

0 comentários:

Postar um comentário

BUSCA

Pesquisa personalizada
Compare preços no JáCotei
Oficina Criativa e Psicopedagogia Os Quatros Temperamentos Dinamizando a Vida - Dinâmicas de Grupo

Curso de Pedagogia no Brasil Atuação Psicopedagogica e Aprendizagem Escolar Problemas na Escola: Uma História Sobre Dificuldades de Aprendizagem