INDISCIPLINA EM SALA DE AULA

Indisciplina na Sala de Aula




Márcia Regina Silva Rodrigues[1]

Durcelina Maria das Flores[2]

Ilmara Spínola Silva[3]

Resumo

A indisciplina em sala de aula é um dos maiores problemas que as escolas enfrentam, em seu cotidiano. Percebe-se que a indisciplina vem se agravando, cada vez mais. Este artigo descreve uma visão acerca da indisciplina em sala de aula. Antigamente, a educação era diferente, por causa da rigidez, em que o professor falava e todos ouviam, atualmente, tem-se uma abordagem educacional bem diferente. Então, o que levaria os alunos a praticarem a indisciplina em sala de aula? Este trabalho tem um novo olhar em relação a indisciplina, estudando conceitos moral e ético e adotando-os como conhecimento necessário ao processo educacional e ao público infantil do Ensino Fundamental. A justificativa deste trabalho fundamenta-se no fato de que as estudantes de pedagogia vivenciaram situações de comportamentos agressivos em sala de aula durante o estágio. A partir das inquietações surgiu a ideia e o interesse em pesquisar o tema “a indisciplina em sala de aula”. O objetivo desta pesquisa é investigar as causas da indisciplina nas turmas de 1ª a 4ª Séries do Ensino Fundamental da escola “Lélis Piedade”, no município de Livramento de Nossa senhora - BA, compreendendo entre os anos de 2008 e 2009. Na metodologia busca utilizar referências bibliográficas e pesquisa-ação. Destacam-se os resultados embasados na bagagem do educando, quando a mesma ainda criança chega à escola trazendo consigo sua cultura familiar e se junta aos colegas, com diferenças culturais que definem seus valores, suas crenças e hábitos que vão se transformando e gerando a violência na instituição escolar.

Palavras-Chave: Indisciplina, Mau Comportamento, Problemas Sociais e Familiares, Sala de aula.

Vivencia-se em todo território nacional uma inquietação quando se relata o termo “indisciplina em sala de aula”, muitos buscam apresentar receitas prontas para o caso citado, outros buscam culpados e assim o problema se arrasta sem maiores soluções. A partir das inquietações de muitos educadores, surgiu a ideia e o interesse de pesquisar este assunto, que é de tão grande repercussão entre professores e funcionários de escolas públicas e privadas.

Esta pesquisa tem por objetivo investigar as causas da indisciplina na sala de aula, da 1ª a 4ª Séries do Ensino Fundamental, na Escola Municipal “Lélis Piedade”, no município de Livramento de Nossa Senhora- BA, compreendendo entre os anos de 2008 a 2009, buscando abordar o tema proposto e vivenciado, nas salas de aula desta unidade de ensino.

Por meio da metodologia de uma pesquisa-ação de cunho descritivo buscou relatar de forma teórica o problema da indisciplina, a pesquisa contou com referencial bibliográfico embasado nas pesquisas de Castro (1995), Freire (1992,1996), Oliveira (2000), Behrens (1996), Souza e Silva (1997), Carvalho (2009), Veronce e Costa (2006), Piaget (1977), Vygotsky (2000), Libâneo (1986), Sutter (2007) e Silva (2005 e 2008) dando uma abordagem descritiva a situação-problema encontrada neste ambiente educacional. As observações aconteceram durante o estágio do curso de pedagogia.

A escolha por esta unidade de ensino está no fato das graduandas do curso de pedagogia terem observado situações que despertaram o interesse das mesmas em levantar respostas ao que presenciaram na escola-campo, onde foram realizadas as observações e os estágios do curso de pedagogia 2007, para identificar e tentar compreender o “Por quê” desse comportamento agressivo e desinteressado, por parte dos alunos, que estão invadindo e gerando transtornos e preocupações, para funcionários e professores deste estabelecimento de ensino.

No primeiro momento será levantado questões comparativas sobre a educação de antigamente e a dos dias atuais, o que pretende-se não é pensar na disciplina que se tinha antes, visando centrar a educação nos métodos utilizados em tempos antigos, mas objetiva-se realizar um passeio na história da educação de nosso país.

No segundo momento levanta-se questões sobre as brincadeiras, os conflitos sociais, culturais e familiares no ambiente escolar, as responsabilidades dos pais e para finalizar as considerações finais.

Este é um tema de grande relevância para a educação, causando polêmica em toda rede de ensino. São estudantes rebeldes e indisciplinados, que não prestam atenção na explicação do professor, conversam o tempo todo e falam no celular, quebram carteiras, jogam papéis no chão e nos colegas, andam na sala e não tem concentração em nada. O que levaria esses alunos a praticarem tais atos, em sala de aula?

1- A Educação de Antigamente e de Hoje

A humanidade sempre teve a necessidade de falar em público, se comunicar com multidões, intervir nos conselhos restritos do poder, para isso, era necessário aprender a ler.

No Brasil a educação iniciou-se no período colonial, através dos Jesuítas que chegaram em 1549, chefiados pelo Padre Manoel da Nóbrega. Em 1759 com a expulsão dos padres Jesuítas foram feitas reformas e muitas mudanças ocorreram de lá para cá.

Naquele tempo o sistema de educação era bastante precário as escolas ficaram nas fazendas, os padres ensinavam os filhos fazendeiros e de escravos. Nas cidades a educação era passada de pai para filho, com o objetivo de desempenhar algumas funções, entre elas a de ser padre.

O mestre era muito rígido com seus alunos e aplicavam castigos abomináveis. Nos dias atuais, o sistema de ensino modificou-se totalmente. Os professores são mais liberais e amigos dos alunos, há diálogo entre eles. O educador é um mediador entre o conhecimento, e a criança passa a ter sempre razão em tudo o que faz. Fernandez de Castro sobre a profissão de professor relata

A profissão docente, ainda que, como quase todas as demais profissões, pode ser exercida de forma autônoma, significativamente, é uma profissão assalariada cujo exercício está predefinido por quem a contrata que também determina a sua relativa autonomia no exercício do poder que lhe atribui. O conhecimento do prestigio social que a sociedade outorga a essa profissão, do nível econômico em que a situa o valor de troca e do lugar relativo que ocupa sua formação sobre uma escala de cultura, permite conhecer seu estrato social e, em ultima instancia, a mobilidade social ascendente ou descendente que a afeta. (1995, p. 96).

Os educandos temiam as punições e esse medo levava a obediência e a subordinação. Além de submetidos a uma rigorosa fiscalização, não podiam se posicionar utilizando-se de questionamentos e reflexões. Os professores eram considerados modelos, em virtude do conhecimento que possuíam, agiam como donos do saber.

Essa é a base da escola participativa, na qual o aluno assume um papel central no aprendizado e o professor de fonte única do saber passa a ser mediador do ensino-aprendizagem. Para Freire (1996), ensinar não é transferir conhecimento, ensinar “é construção”. Partindo deste pressuposto, o educador deverá entender que o aluno precisa se desenvolver num ambiente de liberdade.

As ideias de Freire construíram um caminho para a Pedagogia da Esperança, ele descreve que o seu “pecado” fora alfabetizar para a conscientização e a participação política. “O educando precisa assumir-se como tal, assumir-se como sujeito que é capaz de conhecer e que quer conhecer em relação com o outro sujeito igualmente capaz de conhecer, o educador, entre os dois, possibilitando a tarefa de ambos, o objeto do conhecimento” (1992, p. 47).

Diante destas palavras do pedagogo Paulo Freire, a equipe escolar deverá procurar identificar as possíveis causas da indisciplina, e principalmente propiciar momentos de reflexão sobre o que a escola busca para destacar como disciplina e, realizar a mudança de postura dentro da escola a partir do Projeto Político Pedagógico, e realizar mais projetos voltados para pais, alunos e professores.

2- Brincadeiras Coletivas

Inicialmente, as crianças brincam sozinhas, incorporando papéis sociais de mãe, de pai, depois começa lentamente a abrir espaço para o outro e inicia tentativas de ser aceito no grupo para as brincadeiras coletivas. Aprende a brincar com outras crianças e percebe que para fazer parte de um grupo, precisa aprender a controlar seus impulsos de agressividade e hostilidade, mas nem sempre acontece isso. Muitas vezes, elas se agridam entre si. Conforme Oliveira (2000, p. 22)

O espírito lúdico da convivência prazerosa e criativa, que vinha sendo praticamente desenvolvido desde o nascimento, com o próprio corpinho e com a mãe, e depois no faz – de- conta solitário, passa pouco a pouco a fazer parte do universo social, agora transversal, entre pares, com sua complicada trama de relações, suas regras e acordos, muitas vezes ainda implícitos e velados.

É de muita importância a convivência entre colegas, buscando sempre se relacionar, oportunizando aos educandos a participação de atividades educativas, em equipe, para construírem espírito de participação, coleguismo, solidariedade e de união obtendo outros ensinamentos para despertar a disciplina e o respeito pelas diferenças e por outras pessoas.

Segundo Behrens, “instrumentalizar os alunos para que participem de processos coletivos convivam e discutam com pessoas, defendam seus argumentos, inter-relacionem-se e integrem-se aos grupos (coletivos) para a construção de novos conhecimentos” (1996, p. 46). As brincadeiras são fontes de avaliação, por meio delas pode-se observar como se processa o contexto individual de cada aluno, bem como suas visões de mundo.

2.1 Conflitos Sociais, culturais e Familiares no Ambiente Escolar

As conversas, o desinteresse, as brincadeiras e a falta de motivação por parte dos professores são causas de problemas sociais, familiar, culturais. Tudo isso, também são motivos, para o grande número de repetência estudantil, prejudicando imensamente o estado emocional e psicológico dos alunos.

O reconhecimento da importância da família para o processo educacional é mencionado em vários artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Nº 9.394/96), que estabelecem a obrigação das instituições de ensino e de seus docentes se articularem com as famílias, visando integrá-las à escola, e auxiliarem a fortalecer os vínculos familiares (Souza e Silva, 1997).

Percebe-se que esse problema vem se agravando cada vez mais, devido as questões pessoais que o ser humano enfrenta no cotidiano, como: filhos de pais usuários de drogas, brigas entre casais, filhos abandonados, o desemprego, etc. Carvalho relata o seguinte:

Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral, pois existem várias tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo cada uma delas suas características e não mais seguindo padrões antigos, nos dias atuais existem famílias de pais separados, chefiadas por mulheres, chefiadas por homens sem a companheira, a extensa, a homossexual, e ainda a nuclear que seria a formação familiar do início dos tempos formada de pai, mãe e filhos, mas não seguindo os padrões antiquados de antigamente. (2009, p. 01)

Muitas crianças, sem ter o que comer e muitas vezes vão para á escola por causa da merenda, que lhe serve de alimento. Tudo isso, afeta profundamente as crianças e adolescentes, que reagem de várias maneiras, como a irritabilidade, agressividade, a conversa, o desinteresse pela aula, a distração, a preguiça, a falta de concentração e deficiência de aprendizagem.

Veronese e Costa ajudam a entender este pensamento: “outro fator preocupante é a ameaça de exclusão social, face ao aumento da pobreza, dos índices de desemprego, responsáveis pelo o desequilíbrio estrutural de muitas famílias”. (2006, p. 94).

Um dos enfoques necessários na compreensão da relação entre disciplina e indisciplina é a questão do desenvolvimento o qual é construído pela criança desde pequena, a partir da sua interação e convivência com outras pessoas, na família, na escola, nos grupos de convívio social, nos contatos com as mensagens que a mídia transmite etc. A compreensão da construção das regras de convivência dos grupos sociais encontra sustentação teórica em vários autores da psicologia, entre os quais destaca-se Piaget (1896- 1980) e Vygotsky (1896-1934).

A teoria de Piaget (1977) fala do desenvolvimento moral e cognitivo associando assim, o desenvolvimento moral e maleável dos alunos de coordenações cognitivas e descentração com seu parecer e outras pessoas. Piaget trata a moral como forma de equilíbrio que a criança adquire a qual encontra sustentação no convívio social, nos contatos com a mídia, entre outros.

Segundo Vygotsky (2000), uma das principais contribuições para a educação é defender que os processos de aprendizagem é o motor do desenvolvimento, algo externo do sujeito diretamente relacionado à história e a cultura. Vygotsky também ressalta a importância do outro no desenvolvimento do individuo. Ele observa que a aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida do indivíduo. Para ele, o processo de ensino-aprendizagem incluiu sempre aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre essas pessoas.

2.2- Os pais e a responsabilidade X professores e valorização

Antigamente, era a família que educava e disciplinava seus filhos. Hoje, muitos pais preferem transferir o papel educacional para a escola, omitindo assim, suas responsabilidades sobre os mesmos e buscando sobrecarregar os professores, com deveres não cabíveis.

O que a pessoa é, é representado pelos laços estabelecidos nas relações familiares. Conforme se observa nas palavras de Sutter “A família é o âmbito em que a criança vive suas maiores sensações de alegria, felicidade, prazer e amor, o campo de ação no qual experimenta tristezas, desencontros, brigas, ciúmes, medos e ódios”. (2007, p.2).

A construção de conhecimentos que a escola transmite por meio dos professores é importantíssima na educação dos educandos, mas para que esta seja alcançada o aluno deve apresentar na instituição escolar virtudes, valores e hábitos adquiridos no seio familiar.

Atualmente, os pais devem estar cada vez mais atentos aos filhos, ao que eles falam, o que eles fazem, as suas atitudes e comportamentos. E, apesar de ser difícil, a escola também precisa estar atenta. Eles se comunicam conosco de várias formas: através de sua ausência, de sua rebeldia, seu afastamento, recolhimento, choro, silêncio. Outras vezes, grito, zanga por pouca coisa, fugas, notas baixas na escola, mudanças na maneira de se vestir, nos gestos e atitudes. Os pais devem perceber os filhos. Muitas vezes, através do comportamento, estão querendo dizer alguma coisa aos pais. E estes, na correria do dia-a-dia, nem prestam atenção àqueles pequenos detalhes. (SILVA, 2008, p. 01)

Silva (2005, p. 53) relata que “Na família também se concretiza o exercício dos direitos da criança e do adolescente, que estão embasados no direito aos cuidados essências para possibilitar seu crescimento e desenvolvimento físico, psíquico e social”. A família é o elemento mais importante e deve atuar lado a lado com a escola, na participação ativa e contínua dos educandos.

A indisciplina é uma questão social que o professor tenta compreender, mas não sabe fazer milagres. Entretanto, deve-se encontrar a solução para a questão pesquisada e não adianta reclamar do baixo salário e a falta de motivação.

Qual seria a resolução da indisciplina em sala de aula? Muitos educadores convivem diariamente com o mau comportamento dos estudantes e sofrem ameaças constantes, muitos já apanharam de alunos, outros até morreram. É preciso buscar um meio para solucionar esse assunto, que está cada vez mais frequente nas unidades escolares.

Para uma solução, um dos meios seria, já que muitos alunos apresentam o motivo da indisciplina na falta de motivação das aulas, os profissionais da educação serem valorizados na sua essência e nas suas particularidades e também os professores deveriam se bem pagos e mais preparados. Para Libâneo,

A prática pedagógica é uma prática social envolvendo uma inter-relação adultos-aprendizes, observadas a fase de desenvolvimento psicológico e social destes últimos e que visa modificações profundas nos sujeitos envolvidos a partir da aprendizagem de saberes existentes na cultura conduzidas de tal forma a preencher necessidades e exigências de transformação da sociedade. (1986, p. 43).

O conhecimento se adquire a todo instante, pois a cada dia que se passa se aprende novas teorias, a todo momento, acontece um fato novo para ser pesquisado. Por isso, o professor precisa se atualizar para mediar um novo aprendizado para os estudantes, que ainda estão em formação e crescimento. A medida em que um conhecimento vai se aprimorando, surgem outros, a criança vai descobrindo e construindo seu aprendizado.

3- Considerações finais e recomendações

Diante de tantos conflitos, como essa questão, fica cada vez mais difícil transformar esses jovens e adolescentes, em pessoas do bem, por mais que as escolas se esforcem e tentem amenizar essa situação. De alguma maneira é muito complicado, mas cabe a cada um fazer a sua parte, escola, família e sociedade, para que juntos possam resolver essa problemática, que está crescendo no meio escolar.

Sendo assim as famílias precisam se esforçar um pouco mais, na educação de seus filhos, impondo limites e regras e as entidades escolares e governamentais deveriam agir em conjunto e investir em práticas educativas e pedagógicas, programas sociais, em que os estudantes participassem de oficinas em grupos com seus colegas, demonstrando assim sua participação, convivência social, valores morais e éticos, levantando a auto-estima para que haja uma transformação total na educação.

A indisciplina escolar não apresenta nenhuma receita pronta com propostas para enfrentar os problemas de comportamento dos alunos. Este trabalho auxiliou entender de maneira global a organização e a dinâmica do comportamento na escola e na sala de aula.

Ao levantar-se a situação-problema objetivando entender: o que levaria os alunos a praticarem tais atos em sala de aula? As respostas encontradas estão ligadas a conflitos culturais e familiares, drogas, necessidade de afeto por conta da ausência dos pais que trabalham fora de casa, desemprego, questões sócio-econômicas e pais que transmitem suas responsabilidades educacionais para os professores.

A pesquisa em foco, ao investigar as causas da indisciplina na sala de aula, de 1ª a 4ª Séries de Ensino Fundamental da escola-campo Lélis Piedade, observou que são vários os motivos pelos quais tudo isso está acontecendo em sala de aula, com tantos problemas encontrados no cotidiano e todos estão contribuindo com o estresse entre crianças e adolescentes em toda a rede escolar observada.

Em relação à violência escolar deve-se detectar a importância do trabalho dos professores, gestores e comunidades, quando a responsabilidade de se construir um projeto educativo e que dê resultados positivos.

A realidade escondida pelo medo, pela busca de culpados, pelo preconceito, pela ignorância, pela falta de paciência, pela desmotivação, pela necessidade de orientação, pela falta de apoio governamental e valorização profissional encobre a busca por solução para as dificuldades encontradas na disciplina dos alunos.

O trabalho que se deve buscar nos últimos tempos é aprender a descobrir soluções para a indisciplina agindo sobre a mesma com um diferencial não discutido na rede de ensino, pois, os funcionários, sejam da escola ou fora dela até mesmo os pais e os alunos somente sabem levantar acusações e neste vai e vem de insinuações e defesas todos perdem, e a bola de neve aumenta sem uma resposta satisfatória.

Ao levantar a problemática “o porquê da indisciplina em sala de aula” não pode deixar a culpa decair sobre os professores, pais e nem muito menos nos alunos, todos tem sua parcela de contribuição, e não se deve deixar de fora à falta de políticas públicas adequadas a realidade encontrada nas escolas públicas e particulares do país.

Para inicio da aprendizagem em se transformar deve-se aprender a conhecer a realidade aceitando suas limitações e buscar interagir sobre a mesma por meio de diferentes formas para amenizar o problema educacional que tanto é questionado por todos. Independente do tempo que se leva, com erros, acertos e falhas o importante é não desistir e aprender a transformar a situação que dificulta o bom andamento da aprendizagem.

Todos encontram limitações por um lado e por outro lado tem-se abertura para criação de novas possibilidades. Mediante o referencial teórico levantado no corpo do texto desta pesquisa conclui-se a necessidade de intervir na indisciplina em sala de aula por meio da mudança de atitude de cada participante da ação pedagógica – professor- aluno- pai- governo.

Para as pesquisadoras ficou a satisfação de dever cumprido ao conseguir alcançar o objetivo traçado para a pesquisa, entender o que estava por trás da indisciplina. É um trabalho de conscientização, cabe a todos os envolvidos abraçarem a causa e lutarem juntos para melhoria da prática educativa, práxis esta, que começa na família e tem-se continuidade na escola.

É válido ressaltar a continuidade desta pesquisa por concluir-se que aprender a ouvir e a torna-se agente ativo e participativo é fundamental a mudança de atitude para conseguir alcançar o objetivo final em que a educação está centrada: formar cidadãos atuantes e competentes qualificados e preparados para um futuro promissor e consciente de seus atos.

Referências

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FREIRE, Paulo. Pedagogia Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

____________. Pedagogia da esperança: um encontro com a pedagogia do oprimido.

3.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

__________________ Professora Sim Tia Não: Cartas a Quem Ousa Ensinar. São Paulo: Olho D’Água, 1993.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1986.

OLIVEIRA, Vera B. de. (org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos.

– Petrópolis, RJ : Vozes, 2000.

PIAGET, Jean. O julgamento moral da criança. São Paulo: Mestre Jou, 1977.

SILVA, Daniela Regina da. Psicologia Geral e do Desenvolvimento. Indaial: Ed. ASSELVI, 2005.

SILVA, Sonia Das Graças Oliveira . A Relação Família/Escola. Disponível em: < http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/a-relacao-familiaescola-477589.html> 06 out. 2010.

SOUZA, N. P. e SILVA, E. B. Como entender e aplicar a nova LDB. São Paulo: Pioneira, 1997

SUTTER, Graziela. Refletindo Sobre a relação família – Escola. Disponível em: < http://www.webartigos.com/articles/926/1/refletindo-sobre-a-relacao-familia---escola/pagina1.html Acesso em 10 de out. de 2010.

VERONESE, Josiane Rose Petry. COSTA, Marli Marlene M. da. Violência Doméstica: Quando a Vitima é a Criança ou Adolescente. Florianópolis: Ed.OAB/SC, 2006.



[1] Especialista em Psicopedagogia e em Neuropsicologia, Graduada em Pedagogia (UNEB). Psicopedagoga clínica e institucional. Professora do curso de Psicopedagogia PósGrad/Unibahia, Tutora dos cursos de Letras e Pedagogia Sistema Eadcon. Palestrante.

[2] Graduanda de pedagogia pela Eadcon/Fael.

[3] Graduanda de pedagogia pela Eadcon/Fael.

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